Durante o período moderno em Recife, (cerca de 1922-1980) arquitetos de várias regiões - como Delfim Amorim, de Portugal; e Acácio Gil Borsoi, do Rio de Janeiro - trouxeram suas visões artísticas para a arquitetura da cidade.
Fachadas inteiras foram revestidas por azulejos ou pastilhas cerâmicas, que tiveram sua produção interrompida logo após incorporadas no edifício.
Como consequência, hoje não há como substituí-las, exceto pela criação artesanal, elevando seu custo. É um problema que afeta a arquitetura latino-americana, pois estes prédios da época estão sendo revestidos novamente por outros tipos de pastilhas e descaracterizando suas composições originais.
Nas fotos, exemplos como o Edf. Francisco Vita (1968), na Av. Boa Viagem, tiveram suas pastilhas originais trocadas entre 2016-2017, resultando na total descaracterização da fachada frontal do edifício, que comportava placas de concreto como solução para ventilação do apartamento, criando uma composição com a marcação dos quebra-sóis, como na foto a seguir:
Texto: Maria Laura Pires
Referência: Os Desafios Postos Pela Conservação da Arquitetura Moderna - Fernando Diniz
Fotos 1, 2 e 3: Brenno Barbosa
Foto 4: Maria Laura Pires
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